Descrição
Neste trabalho, Marco Villas Boas apresenta um estudo aprofundado e original sobre o conceito de Mosaico Etnoambiental, revelando como as Terras Indígenas, quando reconhecidas como Áreas Protegidas e parte integrante do Sistema Nacional de Unidades de Conservação, são peças fundamentais na proteção efetiva das florestas e da biodiversidade. O autor explora o paradigma do Mosaico Gurupi, um exemplo singular de gestão ambiental compartilhada, em que lideranças indígenas e entidades públicas e privadas suplantaram as restrições legais e se uniram para instituir o Mosaico, a fim de preservar os ecossistemas e os modos de vida tradicionais, mesmo sem o reconhecimento formal do Ministério do Meio Ambiente do Brasil. A obra destaca a importância de um amplo diálogo intercultural, indispensável ao reconhecimento dos saberes indígenas na manutenção dos recursos naturais e na defesa da soberania das comunidades indígenas e tradicionais. Para além de uma pesquisa jurídica de fôlego, esta obra é um chamado à ação, desafiando o leitor a reconsiderar o papel das Terras Indígenas na governança ambiental da Amazônia, e convida juristas, ambientalistas e gestores públicos a adotarem modelos colaborativos que respeitem os conhecimentos tradicionais, técnicas de manejo e o protagonismo indígena, promovendo, assim, uma convivência sustentável. Em um cenário global de crise ambiental e climática, esta leitura é essencial para quem busca compreender os caminhos da sustentabilidade na Amazônia e os direitos fundamentais dos povos da floresta. Valerio de Oliveira Mazzuoli






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