Descrição
Este livro descreve os sintomas apresentados por crianças e/ou adolescentes que sofreram abuso sexual, bem como os sintomas enfrentados por suas mães. O surgimento desses sintomas é multideterminado, mas também está relacionado ao cenário em que ocorre a revelação e denúncia do abuso sexual. A maioria dos casos de abuso sexual ocorrem dentro da casa da própria vítima, perpetrado por algum familiar ou conhecido da família. Em virtude da relação do(a) agressor(a) com a vítima, das ameaças que a criança/adolescente pode sofrer, e pela vítima muitas vezes não entende que está sendo vitimizada, pois ainda não tem repertório para tal, ela permanece em silêncio. Por medo ou vergonha, muitas vezes a vítima não conta para ninguém que está sendo abusada. O momento da revelação é muito estressante para a criança/adolescente e família, o que . A revelação do abuso sexual pode gerar conflitos e perda de vínculos; é como se deflagrasse uma guerra dentro da dinâmica familiar. A mãe não agressora em geral é a primeira a saber do abuso sexual de seu(sua) filho(a), e tem que lidar com inúmeros aspectos: o impacto psicológico da revelação, a culpa por não ter percebido o que estava ocorrendo, a criança e seus sintomas, a dinâmica familiar caótica após a revelação, a denúncia, a busca de um advogado, levar o(a) filho(a) na delegacia especializada, enfrentar os questionamentos de diversos profissionais que vão entrevistá-la. Quando o parceiro dessa mãe é o agressor, ela também tem que lidar com a ambiguidade de sentimentos (a raiva, a traição, a culpa, a mágoa) e com o rompimento do vínculo relacional. Essa mãe sofre por seu(sua) filho(a), mas também pelas perdas e problemas deflagrados na dinâmica familiar, em especial quando ela é falsamente acusada de alienação parental, pois é uma das estratégias de defesa dos agressores sexuais que alegam inocência. Estes aspectos serão discutidos, de forma a refletir a importância do estabelecimento de políticas públicas de cuidado para crianças e adolescentes vitimizados, e também para os familiares não agressores.
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