Descrição
O livro Lanceiros Negros dos Jornalistas Geraldo Hasse e Guilherme Kolling tem como objetivo fazer um inventário mínimo dos temas e das obras que informam sobre a questão dos lanceiros negros. É um trabalho de cunho jornalístico, uma primeira leitura. Há uma corrente de historiadores e antropólogos dispostos a ver na revisão que se começou a fazer de Porongos um ponto de partida para uma refundação da história do negro no Rio Grande do Sul. As divergentes abordagens sobre o negro no Rio Grande do Sul convergem num ponto: sobram preconceitos e faltam informações. A polêmica suscitada pelo episódio de Porongos é antiga. As cinzas de Revolução Farroupilha estavam ainda quentes e já se acusava Canabarro de traição aos lanceiros negros. O encaminhamento, porém, é novo. Em vez da troca usual de acusações e desaforos mútuos, agora se recorre à pesquisa e à documentação para sair do terreno raso dos preconceitos e entrar no território dos fatos. Com isso, o episódio finalmente transcende à querela regional e passa a dizer respeito à história do negro no Brasil. Mesmo que não tenha havido traição, há o massacre, o fato hediondo. Ou seja: se há nesta história algo de que alguém se possa orgulhar, é algo que foi regado também com o sangue do negro. Por isso, os negros estão reivindicando o seu direito à História. O massacre em Porongos é exemplar também quanto a isso. Há o mito e a polêmica, mas muito pouco se sabe do que realmente aconteceu. Os Jornalistas Geraldo Hasse e Guilherme Kolling escreveram no livro os capítulos: O massacre de Porongos, Rede de intrigas, Três metros de lança na mão, A influência platina, História mal contada, A escravidão na época dos Farrapos, O resgate dos Porongos, Uma refundação da História, Mitos e lendas branco e preto, e Apêndices.
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