Descrição
Esta obra faz uma correlação entre Direito e estudos de gênero, além de trazer uma perspectiva interdisciplinar. Abordam-se masculinidades e grupos reflexivos para autores de violência doméstica contra a mulher, centrando-se em homens e mulheres cisgênero, e dividindo-se em dois grandes aprofundamentos. De um lado, aponta-se que os grupos reflexivos se desenvolvem, na prática, a partir de uma diversidade de temas, abordagens, metodologias e estruturas. De outro, na discussão sobre as múltiplas masculinidades, observa-se a dinâmica da masculinidade hegemônica se refletindo, normalmente de forma negativa vez que formada a partir de valores que tendem a reforçar uma lógica pautada na desigualdade de gênero, racismo e cisheteronormatividade , na vivência dos homens brasileiros. Diante disso, e pautando-se na premissa de que os grupos devem ter como objetivo imediato a desconstrução da hegemonia, é possível questionar: em que medida os grupos reflexivos brasileiros conseguem desconstruir a masculinidade hegemônica? Parte-se da hipótese de que as diferenças entre as propostas desses serviços brasileiros abrem, também, uma diversidade de limites e potencialidades para que aproximem seus participantes de mudanças. Conclui-se, de forma geral, que há desconstruções de alguns aspectos da hegemonia, mas a permanência de outros, e, a partir de uma pesquisa exploratória, bibliográfica e documental, sugerem-se parâmetros que parecem contribuir para uma maior efetividade dos grupos, bem como apontam-se lacunas para futuras pesquisas sobre o tema.
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